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FAQ UNATAQ

A palavra Taquigrafia, originada do grego, é constituída de dois elementos:  tachys, que significa rápido, e graphein, que significa escrever, escrita. Portanto, resumindo seria: escrita feita rapidamente.

A Taquigrafia é um termo geral que define um sistema gráfico de sinais abreviados ou simbólicos de escrita que permite melhorar a velocidade da escrita. Desse modo, utilizando qualquer método taquigráfico é possível registrar informações a uma velocidade mais elevada que a da escrita comum.

Convencionou-se dizer que a Taquigrafia é “A arte de escrever tão rápido quanto se fala.”

Existem diversas teorias sobre o surgimento da Taquigrafia. É sabido que houve um sistema de escrita rápida inventado em Roma, cerca de um século A.C., por Marco Túlio Tiro, denominado Notas Tironianas.

Nos tempos modernos, a Taquigrafia nasceu na Inglaterra, onde se propagou com a imprensa. Na França, Coulon de Thévenot apresentou o seu primeiro trabalho taquigráfico à Academia das Ciências de Paris, em 1776. Na Alemanha, os discursos de Lutero foram taquigrafados por Creutziger e seu discípulo Rohrr.

No Brasil, a Taquigrafia foi instalada por iniciativa de José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência, para registro das sessões da Assembleia Nacional Constituinte, ocorrida em 3 de maio de 1823, data em que se comemora o Dia do Taquígrafo.  

 

Sim! A Taquigrafia, além do Brasil e de diversos países da América Latina, é utilizada em lugares como Japão, Estados Unidos, Inglaterra, China e outros tantos.

“O taquígrafo é o profissional que registra para a posteridade palavras que ficariam eternamente perdidas.” Não se sabe ao certo quem é o autor dessa frase, contudo é a que melhor responde o questionamento.

O taquígrafo é o profissional que, por meio de qualquer método de taquigrafia existente, registra a história. O trabalho do taquígrafo é essencial, pois, além de captar o que é dito nos microfones, ele anota toda e qualquer fala feita longe dos microfones, bem como os gestos dos oradores. É importante dizer, dessa maneira, que o taquígrafo tem o dever de contextualizar tudo o que acontece nas sessões, sejam elas dos tribunais ou plenárias.

 

Até os dias atuais, a Taquigrafia parlamentar e judiciária vem prestando relevantes serviços nas Casas Legislativas, seja em âmbito municipal, estadual ou federal, e nos Tribunais brasileiros, registrando discursos, debates e pronunciamentos.

A taquigrafia, por ser um método que visa dar celeridade e velocidade à escrita, embora seja mais usada pelos profissionais de Casas Legislativas e de Tribunais, também é de grande valia para profissionais que necessitam fazer anotações rápidas, como, por exemplo, os jornalistas.

Há possibilidade também de profissionais de taquigrafia serem contratados para serviços particulares, como, por exemplo, para registrar alguma reunião ou pesquisa. Esse é um método muito utilizado para não inibir os presentes com a existência de gravadores ou de câmeras.

Outro serviço comumente realizado por taquígrafos é a degravação entrevistas e audiências. Muitos escritórios de advocacia recorrem a profissionais de taquigrafia para reduzir a termo gravações, de modo a incluir esse registro nas suas peças processuais.

A tecnologia chega para facilitar e aprimorar o trabalho de diversos profissionais, e isso não é diferente com a taquigrafia. Com o auxílio da tecnologia, o taquígrafo consegue, cada vez mais, ser o mais fiel possível ao documentar tudo que ocorre ou é discutido nos diversos parlamentos e tribunais em todo o mundo, dando mais celeridade e fidedignidade. Contribuindo, assim, para a tão necessária transparência e registro da história.
Existe a taquigrafia, também chamada de estenografia, e existe a estenotipia. A primeira utiliza apenas papel e lápis ou caneta; já a segunda é uma técnica que utiliza uma máquina ou computador, e é também chamada de taquigrafia mecanizada.
Existem vários métodos no Brasil. Alguns deles levam o nome do seu criador, a exemplo do Leite Alves (criado por Oscar Leite Alves), Maron (criado por Afonso Maron) e Nelson de Oliveira (criado por Nelson de Souza Oliveira). O método mais utilizado no país é o Leite Alves.
Qualquer pessoa que tenha bom conhecimento do nosso idioma está apta a estudar taquigrafia. Não é preciso nenhuma habilidade manual específica, basta ter muita força de vontade e dedicação.
Além de ter um bom conhecimento da língua portuguesa, os interessados precisam preencher alguns requisitos para concorrer a uma vaga de taquígrafo nos mais diversos órgãos. O cargo de taquígrafo, a depender do órgão, exige do candidato uma escolaridade mínima. É possível ter cargos com exigência de nível médio ou de nível superior. Faz-se necessário ressaltar que não é necessário ser graduado em um curso específico, qualquer graduação é válida.
Existem muitos professores que se dedicam ao ensino da Taquigrafia no Brasil. Para que você tenha um aprendizado presencial é necessário buscar um professor no seu município. Para encontrá-los basta entrar em contato com a Câmara de Vereadores, caso haja taquígrafos, ou com a Assembleia Legislativa do seu estado. Caso não encontre, é possível ter aulas à distância.

Essa é uma pergunta que muito comum. A formação leva, em média, entre 6 meses a 1 ano e meio. Tudo vai depender da dedicação do aluno e da média de velocidade que ele pretenda atingir. Um taquígrafo experiente chega a taquigrafar 130 PPM (palavras por minuto). Contudo, há concursos públicos que exigem a velocidade de 80 PPM, por exemplo.

Sendo assim, tudo vai depender da quantidade de horas semanais que o aluno dispõe para o aprendizado e do seu objetivo.

Esse é um questionamento que sempre vem à tona, principalmente em congressos de Taquigrafia. É imperioso, inicialmente, dizer que o taquígrafo é um profissional com fé pública. Em outras palavras, é o crédito que se deve dar a documentos emanados de autoridades públicas ou servidores públicos, em virtude da função ou ofício exercido.

Sendo assim, todos os documentos oriundos do registro taquigráfico possuem legitimidade, o que torna imprescindível o trabalho do taquígrafo, que é um servidor com habilidades muito específicas.

Muitos acreditam que é possível substituir o trabalho de um profissional por um mero gravador/decodificador. Contudo, mesmo com toda a evolução da tecnologia, ainda é necessário o elemento humano, com vistas a conferir a fé pública necessária, bem como uma revisão mais apurada do produto final que irá para a publicação.

As atividades dos serviços de Taquigrafia há muito tempo extrapolam a tradução e registro escrito das notas taquigráficas. O produto final, que anteriormente apenas transcrito e impresso, hoje é incluído em meios digitais, bem como em sistemas de controle de processos digitais, permitindo o acesso corporativo e, também, da sociedade ao conteúdo das sessões plenárias ou das decisões dos Tribunais, valorizando a transparência que se exige atualmente da gestão pública. E é exatamente isso que vem sendo adotado pelos diversos órgãos do Brasil.

A tecnologia ajuda muito o trabalho do taquígrafo, como o de qualquer outro profissional, mas não o substitui.

Além disso, muitos setores de taquigrafia vêm ampliando a sua prestação de serviço e avocando para si novas funções, tais como indexação de processos, captura e publicação de vídeos, produção de estatísticas da atividade parlamentar, dentre outros.

Assim como em qualquer profissão, é necessário se reinventar diante das novas necessidades que a modernidade nos impõe.