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RONDÓ COMEMORATIVO

O tilintar da campainha anuncia o começar
Discursos, pronunciamentos… Falas enfim!
Taquígrafos a postos para a oratória captar
Com arte e técnica, exercem sua atividade-fim…

Ouvidos atentos a corretos sons: percepção!
Olhos diligentes ao gestual e aos trejeitos
Apanhamento taquigráfico: concentração!
Para a máxima exatidão retratar – com efeito!

Num papel, numa tela, agilidade nas mãos…
É chegado o momento crucial: codificação!
quando taquigramas bailam, giram e saltam
de qualquer ambiente à folha com precisão

Oradores entusiasmados, alguns brilhantes
Alguns monótonos, desmotivados, prolixos
Outros pleonásticos, bastante redundantes
Alguns até exibem, na linguagem, vícios…

Fonemas, fonemas e fonemas: representação
Símbolos combinados, palavras feitas: junção!
Da oralidade à escrita: tradução! Fases mágicas
Textos, contextos, retextos – notas taquigráficas

Busca incessante, no texto, pela coesão textual
Através da opção certa de palavras e pontuação
Dia do taquígrafo é sempre que houver sessão
Mas 3 de maio é uma data histórica… nacional

Este rondó festivo traz simples mensagem…
A cada taquígrafo uma singela homenagem
Cada taquigrama reverbera história e nexo
Taquigrafia é peça de complexa engrenagem.

Tataitá Rebouças

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